De acordo com o sociólogo estadunidense Amitai Etzioni, os indivíduos devem ser capazes de articular tudo aquilo que é bom para a sociedade. No entanto, observa-se que esta premissa não é posta em prática pelos brasileiros, uma vez que há um estigma associado ao vírus HIV. Assim, é lícito afirmar que pensamentos retrógrados somado a maldade humana vigente no mundo hodierno contribui para a perpetuação desse cenário negativo.
Diante desse cenário, é válido salientar que pensamentos retrógrados por parte das pessoas é um dos fatores que possibilita para que esta problemática persista. Nesse viés, no final do século 20 quando ocorreu a pandemia da AIDS, era comum a expressão "crise de saúde dos gays", já que a população da época acreditava que a síndrome da imunodeficiência adquirida só afetava os homossexuais, muito devido a desinformação por parte das pessoas bem como pelo preconceito vigente na época. Logo, infere-se que estes pensamentos retrógrados é fruto de uma construção histórica e social.
Ademais, o estigma associado ao vírus HIV evidencia a maldade humana. Sabe-se que há uma discriminação relacionada ao vírus HIV, uma vez que os indivíduos que a possue recebem um tratamento injusto e desigual que se baseia em atitudes e crenças estigmatizantes. Este fato pode ser explicado segundo o conceito de banalidade do mal da filósofa Hannah Arendt, onde ela afirma que o mal já está tão presente na sociedade que ele passa a ser considerado como normal, não fazendo uma ação para mudar de realidade.
Portanto, cabe ao Governo Federal em parceria com o Ministério da Saúde buscar fazer uma divulgação massiva acerca do tema. Isso será feito por meio da criação de posts e propagandas nas redes sociais e nas emissoras de televisão, a fim de informar e conscientizar grande parte da população. Dessa forma, o pensamento de Amitai não ficará somente no campo das ideias.