A Noruega é o país com o maior número de IDH do mundo, tendo em vista que é oferecido bons serviços de saúde, sociais e econômicos. De modo inverso, no Brasil, problemas como o aumento de casos de distúrbios psíquicos como a Síndrome de Burnout provocam péssimos indicadores sociais. Nesse sentido, cabe a análise crítica disso, a partir do poder estatal e campanhas informacionais.
Em primeiro plano é imperioso pontuar que o imbróglio tem relação casuística com falhas estatais. Dentro desse aspecto, o sociólogo Bauman afirma que as “instituições zumbis” são aquelas que não deixaram de existir, mas que não cumprem sua função social. Percebe-se, dentro desse cenário, que o Estado não investe em meios necessários para tratar as doenças relacionadas à saúde mental, que aumentaram demasiadamente após a pandemia do Covid-19 e o isolamento social.
Outrossim, cabe ressaltar que a falta de informação também é uma das causas da adversidade. Logo, é parca a propagação de informações sobre a Síndrome de Burnout e seu impacto na vida das pessoas, como o esgotamento físico e mental resultante após condições de trabalho desgastantes. Desse modo, inúmeras pessoas que possuem os sintomas da síndrome não saibam que possuem o distúrbio, tornando propício o agravamento do mesmo.
Em suma, fica evidente que é fundamental a criação de alternativas para amenizar o impasse citado. Para isso, cabe ao Estado oferecer melhores condições de trabalho e assistência psicológica e psiquiátrica gratuita aos profissionais mais afetados pela síndrome de Burnout, por meio de uma parceria do Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho. Desse modo, será possível promover a melhora da saúde mental dos pacientes, além da vontade de retornarem aos seus trabalhos.