Segundo Platão, o importante não é viver, mas viver bem. A partir disso, evidencia-se a importância da qualidade de vida, contemporaneamente, afetada com o aumento dos casos de Síndrome de Burnout no trabalho remoto. De modo geral, tal problema é causado pelo excesso de trabalho e negligência para com a saúde mental.

No livro "A Sociedade do Cansaço", o filósofo contemporâneo Han retrata o excesso de produtividade e positividade como principal fator para a ocorrência de algumas doenças psíquicas da atualidade, dentre elas a aqui destacada. O excesso de trabalho, em específico o remoto, limita os funcionários a menores chances de desenvolver habilidades sociais e gera maior frustração e cansaço ao não atingir as cobranças impostas.

Atrelado a isso está a negligência dos empregadores para com a saúde mental de seus funcionários. No mundo capitalista ao qual se vive hoje, uma parte abundante das empresas visam apenas o lucro e não o bem-estar dos empregados, deixando-os à mercê do esgotamento profissional.

Afere-se portanto, que como forma de atenuar a problemática, devem haver ações em conjunto do Ministério do Trabalho e do Ministério da Saúde para melhorar as condições de trabalho e possibilitar que os profissionais afetados pela Síndrome não só vivam, mas vivam bem, como sugere Platão.