Com a popularização da internet, os usuários mais jovens passaram a ser mestres em extrair os efeitos positivos da web. Porém, ao mesmo tempo, esses acabaram por contribuir para uma problemática: o acesso dos menores à mídia da internet sem o devido controle parental é bastante desvantajoso. As redes sociais e os fóruns onde estão concentrados os "clicks" dos jovens devem sofrer mudanças no que tange às frágeis políticas que os regulam e às suas carentes fiscalizações e diretrizes de acesso.
É possível analisar os ineficazes filtros de conteúdo das plataformas, identificando as redes sociais como espaços não ideias para aqueles não sabem filtrar suas próprias mídias. Somando ao fato que as plataformas não se responsabilizam pelas postagens dos usuários e que crianças podem facilmente burlar as diretrizes e cria contas, muitos menores tendem a ser expostos a trends perigosas, como a Baleia Azul, em meados de 2018, que estimulava a automutilação e provava a insegurança das redes.
Ademais, o Estado aplica políticas muito frágeis e que beneficiam as empresas privadas, caracterizando a desregulamentação das mídias das redes sociais como uma chaga social, como pôde-se observar nas polêmicas geradas pelo Projeto de Lei das Fake News, no início de 2023, em que o governo brasileiro sofreu fortes repressões de empresas privadas de mídias sociais. Assim, o caso em que se encontra o menor sendo exposto a conteúdo inadequado devido a falta da devida supervisão do responsável também é uma das consequências de uma rede virtual enferma.
Sob essa óptica, vê-se a necessidade de mudanças em relação ao descaso das plataformas com seus usuários e a pífia influência da esfera pública sobre o conteúdo da Internet. Assim, o Governo Federal deve propôr legislações mais rigorosas relacionadas ao conteúdo de post nas redes sociais, em debates com especialistas e com responsáveis de jovens influentes na internet. Trabalhando, então, em conjunto com a população e indo além das formalidades, para promover um ambiente virtual seguro não somente para os jovens como para os usuários de direito.