O jornalista Gilberto Dimenstein, ao produzir a obra “ Cidadão de Papel “, afirmou que a consolidação de uma sociedade democrática exige a garantia dos direitos fundamentais de um povo. Porém, ao observar a escravatura moderna fazendo- se parte do cotidiano do povo brasileiro, constata-se que esse direito não tem sido pragmaticamente assegurado no ato.
Em primeira análise, tornando-se evidente a influência do fator sociocultural. Sob tal perspectiva, é interessante comentar que, conforme o pensador Émile Durkheim, a sociedade deve ser analisada de maneira crítica longe do senso comum. Nesse sentido, a proposta do sociólogo pode atuar quando se analisa o contexto da exploração no Brasil aonde a centralização dos exploradores localiza-se nas áreas rurais majoritariamente no Cerrado e Amazônia. Logo, debater essa problemática é o primeiro passo para a fusão de um país equânime.
Ademais, é cabível pontuar que a flexibilização corrobora para o avanço do dilema. A esse respeito, o filósofo grego Aristóteles afirmou que o objetivo da política é promover a vida digna dos cidadãos. Nessa lógica, a conjuntura vigente contrasta o ideal aristotélico, posto que em relação ao relatório da Fundação Walk Free, que revela a situação de 161,1 mil pessoas em trabalho escravo apenas aqui no Brasil. Número esse baixo comparado com os países desenvolvidos, principalmente, no Continente Asiático que possuem altas taxas de violação aos direitos humanos. Assim, as autoridades necessitam mudar essa realidade.
Infere-se, portanto, que o imbróglio abordado necessita ser solucionado. Logo, o Ministério do Trabalho precisa formular artigos jurídicos para intensificar a punição àqueles que violarem as leis contra a tese em questão. Portanto, com a visão crítica de Durkheim e a justiça de Aristóteles o Brasil deixará de ser uma comunidade de papel, como enfatizou Dimenstein.