Combate às epidemias
No processo de colonização do Brasil em 1500, os nativos sofreram com as diversas
doenças epidêmicas trazidas pelos Europeus, que chegaram a matar cerca de 90% da
população indígena. Séculos depois, a nação brasileira ainda se encontra em cenários
epidêmicos, apesar do avanço da informação e da tecnologia. Nesse sentido, convém
analisarmos os principais fatores que impedem o combate e possível medida para essa
problemática.
Em primeira análise, há um grande diferencial entre as epidemias: o avanço da
informação. Com as revoluções industriais, surgiram os meios de comunicação que
possibilitaram o alastramento de referências, mas também o aumento da desigualdade
social. Isso significa, que as notícias se espalham com facilidade, mas que o acesso a elas
ainda continua precário para boa parte da sociedade. Segundo o IBGE, 25% dos
brasileiros não têm acesso à internet, isso faz com que não tenham conhecimento de
seus direitos, dos serviços disponíveis e das orientações de prevenção. Lê-se, portanto,
como nociva em um país onde o acesso à informação está entre um dos direitos do
cidadão, esse escasso repasse de conhecimento, que dificulta o combate às epidemias.
Vale também ressaltar a importância da tecnologia na área da saúde, com ela é possível
melhorar o diagnóstico, a prevenção, proporcionar conforto e achar soluções de forma
mais rápida. Entretanto, de acordo com o Portal de transferência do Governo Federal, o
valor investido pelo Brasil nessa área foi cerca de 4 bilhões de reais, enquanto os Estados
Unidos contam com um investimento de 871 bilhões de dólares, segundo a ABES. Essa
falta de incentivo faz com que o desenvolvimento tecnológico se limite e que não haja
inovações na linha de frente do combate à pandemia. É, portanto, inadmissível que um
país que já foi a oitava maior economia mundial, fazer tamanho descaso com a produção
de tecnologia.
Dessa forma, percebe-se que a epidemia no Brasil representa um problema alarmante
em nossa contemporaneidade. Nesse sentido, a fim de lidar com essa adversidade, o
Estado deve por meio de uma maior destinação de verbas, investir mais amplamente no
sistema tecnológico do território brasileiro. Para, assim, evitar a proliferação de doenças
epidêmicas, promover a diminuição dos casos já existentes e desenvolver um preparo
melhor no surgimento de situações como esta.