"A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos”. Essa frase, da filósofa Hannah Arendt, aponta para a importância de os direitos serem mantidos na sociedade. No entanto, no que concerne à questão da alienação parental no Brasil, verifica-se uma lacuna na manutenção dos direitos humanos, o que configura um grave problema. Nesse contexto, torna-se evidente como causas a falta de legislação , bem como a falta de investimentos.
Deve-se pontuar, de início, que a falta de legislação configura-se e como um grave empecilho no que diz respeito à alienação parental. Segundo Umberto Eco, "Para ser tolerante é preciso fixar os limites do intolerável". Nesse sentido, percebe-se uma lacuna, explicitada pela falta de uma legislação adequada. Assim, sem base legal, ações de remediação são impossibilitadas, o que acaba por agravar ainda mais a questão da alienação parental no Brasil.
Outro ponto relevante, nessa temática, é a falta de investimentos. Sabe-se que a base de uma sociedade capitalista é o capital, como explicam filósofos como Marx. Nesse sentido, para serem resolvidos problemas dentro do contexto capitalista, faz-se necessário investimento financeiro. No entanto, há uma lacuna de investimento na questão da alienação parental, que tem sido negligenciado, o que torna sua solução mais difícil de ser alcançada.
É evidente, portanto, que tais entraves precisam ser solucionados. É fundamental, portanto, a criação de projetos de lei que contemplem a questão da alienação parental, pelas comissões da Câmara e do Senado, em parceria com consultas públicas. Tais consultas devem ser amplamente divulgadas nas redes sociais, para o público em geral ter acesso e se posicionar. Além disso, em tais consultas, seria viável disponibilizar para download uma cartilha em PDF que contemple os detalhes da lei proposta, para que o problema da alienação parental no Brasil não só ganhe respaldo legal, como também o faça de maneira consciente por parte da população.