No contexto hodierno da globalização, é fato que os fluxos imigratórios tenham se expandidos, sejam por razões políticas, econômicas ou sociais. Mais especificamente no Brasil, os imigrantes buscam melhores condições de vida. Sem sucesso, eles recorrem à informalização e até mesmo à criminalidade. Nesse âmbito, é interessante criar políticas públicas eficientes que visem amenizar o olhar xenofóbico para com eles, além de priorizar uma integração digna à sociedade.
Sob esse viés analítico, é importante destacar que o Brasil antes já foi destino de muitos japoneses, alemães e franceses no século XX, no período do Ciclo da Borracha. No entanto, observa-se um olhar etnocêntrico sobre os atuais imigrantes, como haitianos, venezuelanos e latino-americanos. Se por um lado o brasileiro admira costumes europeus, por quê ele insulta as demais culturas?. Isso revela uma seletividade do que é considerado “melhor” e “mais aceito”, mas não apenas, revela também a contradição do argumento do sociólogo Gilberto Freyre que afirmava ser o brasileiro um homem cordial. Nesse sentido, é ideal que a população seja instruída sobre a diversidade, pois temos a ganhar com ela.
Por outro lado, as barreiras trabalhistas são notórias para com os estrangeiros. Isso porque nem todos possuem um currículo atrativo com formação superior, além de não possuírem afinidade com a língua portuguesa. Com isso, muitos deles recorrem à setores informais da economia sem nenhuma garantia de previdência, podendo consequentemente optar para pequenos roubos e outras ilicitudes. Infere-se, assim, que há uma piora no PIB por não aproveitar a mão de obra e a cobrança de tributos.
Portanto, diante do cenário complexo no qual Brasil se encontra, é fundamental que o Ministério do Trabalho e Emprego crie planos eficientes de integração dos imigrantes à economia. Isso por meio de investimentos em setores como educação (voltada para cursos profissionalizantes gratuitos e de ensino à língua portuguesa) e SINE ( voltado para ofertas de empregos). Seguindo essas ações, será possível viabilizar um Brasil mais cordial e aberto à diversidade.