Diante desse cenário, o imediatismo social, no que tange à questão da saúde mental e o combate ao suicídio, é um dos fatores que intensifica a problemática. Nessa perspectiva, como afirmado pelo filósofo Byung Chul Han, a sociedade vive sob uma conjuntura que trabalha com altos níveis de produtividade permanecendo constantemente cansada e ocupada. Acontece que, diante de uma sociedade que busca o brilhantismo, distúrbios associados à negligência do cuidado com a saúde mental são desenvolvidos, devido à perda do sentido de seu existir, tornando o combate ao suicídio dificultoso, visto que desde o século XVIII o homem tem se tornado objeto e não mais ser humano. Com isso, o Brasil enfrenta uma de suas piores crises ao se tornar cada vez mais doentio.
Além disso, é inegável que o escasso interesse político em assegurar a saúde mental e em combater o autocídio frustra a dignidade do povo brasileiro. Isso ocorre, porque, como já estudado pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos, há no Brasil uma espécie de “Colonialismo insidioso”, isto é, a manutenção de estruturas perversas de dominação, que se disfarça em meio a avanços sociais, mas mantém a camada mais vulnerável da sociedade explorada e negligenciada. Nessa perspectiva, percebe-se o quanto a omissão das camadas mais pobres da sociedade pelo Estado e as situações desiguais danificam a saúde mental desses cidadãos, o que, ao invés de combater o suicídio provocado por essa opressão, está contribuindo para a alta dos índices de autodestruições. Dessa forma, tem-se um país que prioriza o desenvolvimento econômico em detrimento do bem-estar social.
É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para combater o suicídio e para promover a saúde mental no Brasil. Assim, é fundamental que o Poder Executivo - cuja função é executar ações práticas e leis - promova uma conscientização, por meio de campanhas nacionais, a fim de incentivar o cuidado com a saúde mental e desconstruir visões romantizadas sobre o descanso. Cabe, ainda, ao Governo Federal, atuar no desenvolvimento das áreas mais pobres, a partir da promoção de postos de saúde e profissionais capacitados para lidar com as angústias das famílias marginalizadas da sociedade. Afinal, progressivamente, haverá a garantia ao bem-estar e à vida para todos os brasileiros.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada