No filme " Os delírios de consumo de Becky Bloom", a protagonista é uma jornalista financeira que durante o dia ensina às pessoas como administrar seu dinheiro e no fim de semana compra compulsivamente. Assim como retratado no longa, muitos brasileiros não planejam sua vida financeira acumulando dívidas, tendo em vista a educação deficitária e a desigualdade.
Em primeiro plano, é necessário ressaltar que o conhecimento da população pertinente a este tema é escasso. A esse respeito, a Constituição Federal prevê que é direito ao ser humano o acesso à educação. Todavia, é notório que o Poder Público não cumpre o seu papel enquanto agente fornecedor de direitos mínimos, já que muitos indivíduos ainda encontram dificuldades para administrar suas economias. Dessa forma, a falta de informação é um dos fatores que agravam esse entrave.
Além disso, vale ressaltar a disparidade como mais um dos fatores que agravam a problemática. Segundo o Índice de Gini, o Brasil está entre as dez nações mais desiguais do mundo. Logo, altas taxas de juros e baixo crescimento afeta as pessoas de baixa renda, os indivíduos com maior conhecimento de finanças poderiam ter acesso a taxas de juros mais baratos e não se perder em suas dívidas. Desse modo, enquanto esse impasse persista, um país com melhores condições socioeconômicas será uma mera utopia.
Depreende-se, dessa forma, a urgência de ações interventivas com o fito de amenizar a questão. Para isso, o Ministério da Educação - órgão responsável pelo ensino do país - deve, por intermédio das escolas, promover aulas específicas pertinentes a este tema, com intuito de educar a sociedade brasileira a cuidar de suas finanças. Feito isso, o quadro será finalmente modificado na nossa nação.