De acordo com o artigo 461 da Constituição Federal, todo empregado que exerce a mesma função, contratado pela mesma empresa, deve receber o mesmo salário, independentemente do gênero, cor ou idade. Porém, ainda assim, a diferença salarial entre homens e mulheres é gritante quando se olha o mercado de trabalho brasileiro. Sendo assim, urge a análise e a resolução desses entraves para combater os preconceitos que perpetuam a diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil.

Segundo o IBGE, o Brasil é o país com maior índice de diferença salarial entre homens e mulheres no mundo. Isso ocorre devido à maior parte da população brasileira idealizar o homem como ser ágil e forte, considerando a mulher inferior. Dessa forma, perpetua o discurso machista no mercado de trabalho brasileiro.

Além disso, também há um problema relacionado ao papel de gênero, que desempenha função significativa na carreira profissional das mulheres, especialmente em relação à maternidade e às tarefas domésticas. De acordo com a pesquisa realizada por Carlos Costa Ribeiro, em média, 80% das tarefas domésticas são realizadas por mulheres, o que afeta o tempo que elas podem investir em suas carreiras em comparação com os homens, principalmente quando têm filhos.

Dessa forma, é necessária ação de aprimoramento do artigo 461 por parte do poder legislativo, adicionando multa por não equiparação da remuneração de funcionários de sexos diferentes que ocupam o mesmo cargo por meio de fiscalizações periódicas. Além disso, será necessário combater os estereótipos da mulher dona de casa, por meio de programas sociais e protestos, para assim, conquistar um mercado de trabalho mais igualitário e justo a todos.