Diante disso, culpa-se, de início, a governança pelo problema. Para a norte-americana, isso acontece porque, muitas vezes, agentes estatais não se preocupam com a acessibilidade urbana de pessoas em condições desfavoráveis de vida, acarretando marginalização e segregação social. Nesse sentido, o governo, geralmente, priorizando sua atenção em áreas mais lucrativas, como o agronegócio, não se mobiliza para remover os mecanismos da arquitetura hostil nas cidades - como bancos anti- mendigo e pedras nas calçadas, que expulsam e que tratam, principalmente, pessoas em situação de rua que buscam abrigo ou moradia de modo indesejável e desumano. Por isso, essas pessoas, fragilizadas e impotentes, são postas à margem da sociedade, já que não possuem uma habitação digna e são, frequentemente, impedidas de estarem nas cidades, pois tais mecanismos são, propositalmente, feitos para afastá-las e nocivos à integridade física delas, perpetuando a marginalização desses indivíduos, separando-os da vida citadina na urbe e colocando em risco a saúde de tal público.
Ademais, a mídia também é culpada pelo revés. O britânico Harvey, por outro lado, diz que isso ocorre, normalmente, devido ao silêncio midiático quanto ao não exercer do direto à cidade por parte de uma pequena parcela dos cidadãos. À vista disso, ele reitera que a participação ativa da esfera social nas questões urbanas é essencial. No entanto, os meios de comunicação, sobretudo a televisiva, comumente - por ser uma pauta de pouca repercussão e, logo, menos audiência e lucro, não informa e reporta, à população, a realidade hostilizada das pessoas que vivem nas ruas, à merce da urbanidade, haja vista que o "design" agressivo das cidades somente afeta aqueles que carecem de uma moradia, ou seja, grande parte dos cidadãos, que possuem casa, desconhecem essa conjuntura. Por conseguinte, essa participação não é efetivada - devido à negligência midiática, pois esse desconhecimento impede o povo de denunciar tais casos e, consequentemente, trazê-los a superfície, clarificando tais revezes e participando ativamente da solução desses empecilhos, podendo, inclusive, submeter as vítimas, por mais tempo, em tais condições nefastas, prejudicando sua saúde física e mental - condições contrárias ao direito à cidade reiterado por Harvey.
É necessário, portanto, intervir nos impasses. Para isso, cabe ao Ministério das Cidades, por meio de verbas governamentais, promulgar leis de proibição e remoção de mecanismos hostis de exclusão e afastamento, em regiões urbanas, que impeçam pessoas, sobretudo fragilizadas socialmente sem-tetos, a exemplo de utilizarem locais públicos por falta de moradia fixa. Essa ação, além disso, mediante a mídia televisiva como a emissora Rede Globo - deve ser divulgada em rede nacional, para se resolver os problemas. Assim, Jane Jacobs e David Harvey estarão equivocados em suas teses.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 187
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 187
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.
【 ANÁLISE GERAL】
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』comentário sobre a argumentação
》recomendo aqui uma vírgula e um conectivo. Exemplo: "...sociedade, posto que…"; a não ser que essa frase a seguir seja direta, então deve estar entre aspas ] certos indivíduos, enquanto cidadãos, são desprezados e, por isso, lhes são inviabilizados o direito à cidade. Nessa lógica, tais pensadores esclarecem, atualmente, os imbroglios [
》ótimo]
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