O quadro expressionista O grito, do pintor norueguês Edvard Munch, retrata um ser rodeado de medo e ansiedade, em cujo semblante do personagem expressa uma atmosfera profunda de desolação. Não distante da obra expressionista, no cenário contemporâneo brasileiro, é notória a profunda desolação da nação quanto no combate ao assédio moral no ambiente de trabalho. Isso ocorre, seja pela omissão governamental nesse âmbito, seja pela negligência da população verde-amarela. Dessa maneira, é imperioso que essa chaga social seja resolvida.
A princípio, acerca da lógica referente ao combate ao assédio moral no ambiente de trabalho , é válido retomar o aspecto supracitado quanto à omissão estatal nesse caso. Conforme Thomas Hobbes, é missão do Estado proporcionar meios que auxiliem o progresso da coletividade. Análogo a esse pensamento, percebe-se o governo atua como agente omisso diante do cenário de não realizar fiscalizações em empresas para identificar se naquele ambiente ocorre o assédio moral . Como
prova disso, vê-se em uma pesquisa divulgada pelo Estadão, que em 2021 ainda persistiam 52,9% de casos relacionado ao assédio moral.. Desse modo, é correspondente a busca por ações concretas do governo para mudança desse imbróglio.
Além disso, a obra Abaporu, de Tarsila do Amaral, nos revela por meio da cabeça pequena a falta de pensamento crítico ou alienação social. Correlativo à realidade, a negligência da sociedade frente ao combate do assédio moral no ambiente de trabalho, mostra a completa afronésia da população brasileira quanto ao enfrentamento do problema, pois essa se mostra, muitas vezes, como marca negativa de agrupamento pós-moderno, ao deixar de lado a busca por ações afirmativas, como confundir a pressão exagerada sobre o trabalhador com disciplina, para que o problema seja amenizado. Como garantia da situação, vê-se na citação de Hanna Arendt, "Quando uma atitude agressiva ocorre constantemente, as pessoas param de vê-la como errada.
Urgem, portanto, ações sinérgicas entre os atores sociais diante do cenário de combate ao assédio moral no ambiente de trabalho. Para tanto, o governo, órgão responsável em concretizar e realizar ações de dos
interesses públicos da comunidade, deve realizar ações de abrangência nacional com ênfase nos incentivos às empresas, por meio de fiscalizações com o fito de entrevistar todos os trabalhadores e identificar se ocorre assédio moral. Ademais, é função precípua da sociedade, e dos veículos midiáticos desempenhar legítimas ações, como campanhas publicitárias e educativas, com o intuito de mostrar á todos o que é considerado assédio moral. Por fim, com todas essas medidas em prática, os ideais inalcançáveis não serão instrumentos segregados e, finalmente, a obra O Grito não passará apenas de uma tela ficcional expressionista.