Em um de seus pensamentos, o sociólogo Émile Durkheim, postula a sociedade como semelhante a um organismo vivo que apresenta estados normais e patológicos. Diante dessa análise, pode-se aplicar o mesmo viés ideológico à realidade contemporânea, em virtude do enfrentamento de diversos transtornos relacionados à saúde, destacando-se o estigma associado às doenças mentais no Brasil, posto que as escolas, em grande parte, eximem-se da sua importância no processo de conscientização sobre a gravidade do exposto e, além do mais, é perceptível a carência da participação mais efetiva das esferas sociais no combate deste problema. Assim, é fulcral a discussão desses aspectos, a fim da tentativa de amenizar-se este imbróglio social.

Mormente, vale salientar a omissão das instituições de ensino, em sua maioria, no que diz respeito à intervenção socioeducativa sobre a necessidade da implementação do estudo voltado para as enfermidades que afetam o psicológico dos indivíduos nas suas grades curriculares, haja vista que uma conturbada saúde mental corrobora para o aparecimento de distúrbios como depressão e ansiedade, as quais tendem a influenciar diretamente na qualidade física do corpo humano e reflete em suas relações interpessoais.

Outrossim, evidencia-se uma insuficiência de políticas públicas que tangem a mitigação deste entrave, sendo notório o pouco investimento por parte do governo na suscitação de programas que minimizem esta difícil situação, doença essa conhecida como " mal do século ", a qual é silenciosa e está inserida em diversos ambientes sociais. Todavia, algumas pessoas negligenciam a sua existência, fator que só agrava os transtornos mencionados.

Sendo assim, fica nítida, portanto, a necessidade de a problemática acerca da saúde mental no país seja debatida com maior eficácia. Dessarte, faz-se mister a parceria entre governo, escola e sociedade na elaboração de projetos socioeducativos em consonância a formulação de campanhas midiáticas, estes ministrados por psicopedagogos, psiquiatras e assistentes sociais, com o fito de promover não somente o tratamento destes distúrbios, mas também os meios de prevenção, fomentando modos de vida saudáveis que estão ligados a uma boa alimentação aliada à prática de exercícios físicos e mentais. Em suma, cabe aos poderes Legislativo e Executivo, aprimorar e fazer valer as políticas públicas vigentes desse empecilho de forma diligente, assegurando o suporte e subsídios necessários para uma boa qualidade de vida do cidadão. Por conseguinte, almeja-se a melhoria dos estados patológicos referidos por Durkheim presentes no âmbito social.