A princípio, pode-se inferir que a banalização da violência contra a mulher começou durante a colonização do Brasil, visto que o desenvolvimento da nação foi pautado, majoritariamente, na exploração de escravos africanos. O tratamento para com as mulheres escravizadas, porém, ainda tem seus rastros na sociedade atual, já que as mulheres mais vulneráveis à violência possuem baixa escolaridade, são pretas ou pardas e recebem até dois salários mínimos. Tais fatos, aliados à dependência financeira de seus agressores, diminuem as chances de que essas mulheres procurem meios de denunciar as agressões e se submetam a sofrerem caladas.
Além disso, o Brasil não possuía uma lei específica para a violência contra a mulher até o ano de 2006, quando Maria da Penha, após sofrer duas tentativas de homicídio por seu marido que lhe causaram graves sequelas, lutou ao lado de outras mulheres para a criação de uma lei que tipificasse esse tipo de crime e punisse outros agressores. Posteriormente, em 2015, cria-se a Lei do Feminicídio, que torna o feminicídio um homicídio qualificado e caracterizado pela discriminação da condição de mulher da vítima. Entretanto, verifica-se que a existência dessas leis pouco impede que os crimes ocorram, embora haja um aumento no número de denúncias — provavelmente estimulados pela crescente conscientização sobre o problema.
Tendo em vista as causas para a persistência dos altos números de casos de violência contra a mulher, nota-se que é urgente uma conscientização ainda maior a respeito do assunto e que se incentive a denúncia não só pelas vítimas, como também por testemunhas. Ao promover palestras em escolas, com o apoio de ONGs, estimula-se uma discussão clara e eficaz sobre essa situação, de forma que pais e alunos saibam identificar um caso de violência doméstica, por exemplo. Cabe, também, ao Estado e ao Poder Judiciário promover programas de ressocialização de agressores, para evitar que o crime se repita.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada