O romance filosófico "Utopia" , criado pelo escritor inglês Thomas Morus no século XVI, retrata uma civilização perfeita e idealizada, na qual a engrenagem social é altamente segura e desprovida de conflitos e problemas. Tal obra fictícia, mostra-se distante da realidade contemporânea no tocante à saúde mental nas escolas públicas problema ainda a ser combatido no Brasil. Esse panorama lamentável ocorre não só em razão da pressão psicológica colocada nos alunos, mas também do excesso de atividades e trabalhos passados nas salas de aula. Desse modo, torna-se fundamental a análise dessa conjuntura para reverter esse quadro.
Nessa linha de raciocínio, é primordial destacar que a carência de investimentos em psicólogos em escolas públicas deriva da ineficiência do Poder Público, no que concerne á criação de mecanismos, os quais coíbam tais recorrências.
Sob a perspectiva do filósofo contratualista John Locke, o Estado foi criado por um pacto social para assegurar os direitos fundamentais dos indivíduos e proporcionar relações harmônicas. Entretanto, é notório o rompimento desse contrato social no cenário hodierno brasileiro, visto que, devido à baixa de atuação das autoridades, as escolas públicas não oferecem uma devida assistência em relação a saúde mental de seus alunos.
Destarte, fica evidente a ineficiência da máquina administrativa na resolução dessa situação caótica.
Além disso, a carência de apoio por parte dos familiares apresenta-se como outro desafio da problemática. A série de televisão "13 Reasons Why" retrata como é a vida de vários adolescentes que não tem à devida atenção seja da escola ou da própria família, levando assim na maioria das vezes a doenças como depressão, ansiedade ou até mesmo a morte. Tal conceito abordado é materializado no Brasil, haja vista que o Estado não consegue seu papel pois silencia o problema ao não abordá-lo de forma massiva e ao tratar o aumento de adolescentes com a saúde mental transtornada de forma banalizada que, consequentemente, grande parte das pessoas desconhecem a seriedade dessa situação.
Logo, é necessário que o Estado, em parceria com as escolas públicas, providenciem profissionais adequados para tratar do assunto em questão, seja com palestras, promover ações contra o bullying, aulas sobre o socioemocional dos alunos, entre outros. Nesse sentido, o intuito de tais medidas é alertar as pessoas sobre esse problema, que será possível que tal situação, aos poucos, venha ser amenizada e encontrada como uma compreensão da sociedade como todo.