Sob esse viés, é válido ressaltar que o comportamento das vítimas perante as agressões sofridas contribuem para a perduração desse impasse. Nessa lógica, o escritor José Saramago em sua obra "O ensaio sobre a cegueira", retrata a forma como que a sociedade prefere se manter omissa ao problemas sociais. Nesse contexto, pode-se observar uma relação da obra com a nossa realidade, na qual as mulheres optam por se manterem omissas as agressões em que são submetidas, pois, na maioria das vezes, existe um certo medo da vítima para com o agressor. Dessa forma, analisa-se que há um silenciamento, devido ao temor que as vítimas possuem do agressor revidarem a denúncia com mais violência.
Ademais, cabe pontuar que a escassez de delegacias da mulher no Brasil opera como fator contribuinte na continuidade da violência doméstica. A respeito disso, nota-se que há um descaso do poder público relacionado a questão. Sob essa perspectiva, o filósofo John Locke apresenta uma importante contribuição, na qual ele defende que o Estado tem o dever de garantir o bem-estar coletivo. No entanto, as autoridades vão em contrariedade com Locke, uma vez que não promovem políticas públicas que incentivem a criação de mais delegacias da mulher, nas quais, segundo dados do IBGE, existem somente 404 delegacias da mulher em todo o Brasil. Dessa maneira, é necessário uma mudança na postura do poder público com relação ao assunto em pauta.
Portanto, infere-se a necessidade em adotar medidas que minimizem os desafios aplicados na redução da violência doméstica no Brasil. Assim, cabe ao Ministério da Mulher, juntamente ao Ministério da Segurança pública, criar um projeto de ampliação das delegacias especializadas, por meio da criação de mais delegacias da mulher em todo o Brasil, a fim de implantar unidades próximas de mais mulheres e assim, o meio de denúncia e ajuda as vítimas seja ampliado. As novas delegacias deverão ser principalmente implantadas em cidades do interior, onde os veículos de denúncia e apoio as vítimas são escassos. Diante disso, as mulheres por sua vez, devem tomar coragem e não omitir a violência sofrida, para que casos como o da personagem da ficção não sejam constantes no Brasil.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada