A série “13 Reasons Why”, conta a história da personagem Hannah Baker, uma adolescente, que após sofrer diversas agressões,desenvolveu um quadro de depressão, que sem amparo da sociedade, a levou ao suicídio. Fora da ficção, o estigma associado às doenças mentais se faz presente na sociedade brasileira. Nesse cenário,é notável que a falta de informação, atrelada ao preconceito, contribuem para a massificação desses transtornos.

Em primeira análise, mesmo com o avanço tecnológico e o acesso à informação, muitas pessoas não percebem a real gravidade que uma saúde mental precária oferece. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, o acesso à informação não torna uma pessoa sábia, logo, entende-se que, mesmo na “Era da Informação”, a sociedade ainda não enxerga os transtornos mentais como “doenças reais”. Desta forma, o número de casos como ansiedade e depressão tendem a aumentar devido à ignorância da população.

Nesse âmbito, pessoas depressivas tendem a se isolar da sociedade, gerando, assim, estigmas preconceituosos. Conforme pesquisas realizadas em 2017 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de depressão foram a segunda maior causa de afastamento do trabalho no mundo. Dessa maneira, a sociedade promove a ideia de que pessoas depressivas são “preguiçosas”, forçando-as a suprimir seus sentimentos. Assim, além de depressivos, os indivíduos se sentem abandonados e incapazes perante a sociedade.

Portanto, medidas são necessárias para resolver esse impasse. Cabe ao Ministério da Educação (MEC), em parceria com as grandes mídias - devido a sua maior influência sob as massas-, devem promover campanhas de conscientização, por meio de palestras e propagandas, a fim de informar a população sobre a realidade dos transtornos mentais. Dessa forma, histórias como a de Hannah Baker passem a ser apenas fictícias.