É notório que o estigma associado à doenças mentais na sociedade brasileira é muito comum, principalmente entre os jovens. Dentre tantos fatores relevantes, destacam-se: a ausência de investimentos para apoio profissional qualificado nas escolas e a banalização dos transtornos psicologicos por parte dos pais.
Sabe-se que a ausência de investimentos para apoio psicológico qualificado nas escolas do país é recorrente. De acordo com dados do IBGE, 43% dos municípios do país investem menos do que deveriam na contratação de profissionais qualificados e na estrutura escolar. Portanto, a ausência de investimento para apoio psicológico contribui diretamente com o estigma associado a doenças mentais no país.
Além disso, a banalização dos transtornos psicológicos tornou-se frequente na sociedade brasileira. Pode-se citar, por exemplo, o elevado número de suicídios registrados no país, gerados pela repressão dos país no momento de buscar acompanhamento psicológico adequado. Logo, a banalização dos transtornos mentais agrega crucialmente para com o estigma associado a doenças psicológicas.
Dado o exposto, a ausência de investimentos para apoio profissional qualificado nas escolas do país e a banalização dos transtornos psicológicos culminam de forma determinante com o estigma associado a doenças mentais no Brasil. Desse modo, faz-se necessária uma reforma administrativa conjunta entre governo federal, estados e municípios, realizando um aumento de verbas direcionadas ao investimento em profissionais qualificados a realizar atendimento psicológico em escolas. Assim, sem sofrer repressão, jovens podem buscar o tratamento adequado sem a necessidade do mesmo sair do ambiente escolar.