A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) assegura em seu Artigo número 25 que: “Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem estar [...]” No entanto, ao contrário do previsto na DUDH, o Brasil ainda enfrenta uma série de desafios no que se refere aos caminhos para a universalização e humanização da saúde. Tais desafios se agravam principalmente com a precariedade dos hospitais públicos e a falta de políticas para o atendimento humanizado à população.
Inicialmente, destaca-se a situação precária na qual grande parte dos hospitais brasileiros se encontram. Essa realidade pode ser observada através da série Sob Pressão, produzida pela TV Globo, que retrata a luta dos médicos de um hospital no subúrbio do Rio de Janeiro para salvar vidas em um cenário onde tudo é escasso. Dessa forma, a falta de recursos como equipamentos e medicamentos e o descaso muitas vezes observado com unidades de atendimento médico inviabiliza a universalização da saúde no país, uma vez que impede a concessão de procedimentos médicos de todos os níveis aos pacientes.
Ainda, convém salientar a falta de políticas públicas para a humanização do atendimento aos doentes e familiares. Nesse sentido, a Constituição do Brasil prevê o uso de políticas públicas para garantir o acesso de qualidade a serviços de saúde. Contudo, isso não pode ser completamente observado na prática, visto que ainda é necessária a capacitação dos profissionais da área para a realização de um atendimento humanizado, sendo necessário assim, a implementação de políticas que tornem a vida hospitalar de médicos e pacientes mais humana digna.
Portanto, é evidente que medidas devem ser tomadas com o propósito de garantir a universalização e humanização da saúde no Brasil. Para isso, os governos municipal, estadual e federal devem trabalhar juntamente com o Ministério da Saúde - órgão responsável pela assistência à saúde dos brasileiros - no desenvolvimento de políticas que garantam a distribuição devida de recursos às unidades de saúde, bem como na qualificação para um serviço mais humanizado por meio de palestras e cursos qualificadores.