Segundo o artigo 5° da Constituição Federal de 1988, todos são iguais perante a lei. No entanto é nítido no dia a dia que há direitos apenas de alguns e há exclusão de muitos. Nesse país miscigenado é difícil ser preto e pardo, é difícil ser mulher no mesmo país onde mais de 50% da população é do sexo feminino.
Apesar de todos os brasileiros terem em seu sangue raiz africana , a população com fenótipo de uma pele mais escura sofre a marginalização e ainda paga pelo preço de séculos de escravidão. Ainda que maioria absoluta da nação ocupa poucas cadeiras em universidades, poucos cargos políticos, poucos cargos de importância. Por outro lado ganha número de mortes violentas e em quantitativos de pobreza e miséria.
De forma muito semelhante é a vida da mulher brasileira. Trata-se de um preconceito ainda mais antigo e enraizado. Muito antes dos europeus os gregos já denominavam ISTS como "doenças venéreas" ou de Vênus- aquilo que vem da mulher. Numa forma simbólica de dizer que o mal provém da mulher. Com os lusitanos colonizadores é que veio a ideia de inferioridade da mulher, "serviços" de mulher, roupa de mulher etc. E ainda mais , de onde vem o ódio ao homossexuais em especial aos gays afeminados? Vem do parecer mulher, vem do ser feminino.
Nosso país só será livre de preconceitos e verdadeiramente igual quando o estado garantir através de políticas e punição o direito de existir e viver de todas as pessoas. E também quando o povo evoluir o pensamento o suficiente para respeitar todos os diferentes com direitos iguais.