No livro Carrie de 1974, é apresentada ao leitor Carrie White, jovem tímida que comete um massacre na escola depois de um episódio de bullying. Entretanto, apesar dos diferentes contextos, as redes sociais tornaram-se lugares em que pessoas externam seus preconceitos. O resultado se dá na transformação desses espaços em ambientes para a intolerância e na normalização dos crimes lá cometidos.
Em princípio, é importante destacar o quão nociva é a prática da disseminação do ódio nas redes sociais. Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o segundo país com maior incidência de casos de cyberbullying. Isso é assustador, pois o ambiente em que a população deveria ter acesso à diversidade e ao contato social se tornou mais um disseminador de ódio e violência gratuita.
Outro fator determinante para a manutenção dessa problemática, são as frágeis políticas de proteção aos usuários que se mostram ineficazes no âmbito judicial. Isso favorece o agressor e deixa a vítima de mãos atadas diante de tais crimes.
Com o intuito de promover um espaço livre do preconceito e do ódio, o Estado deve intervir por meio do Ministério da Educação e do Ministério Público Federal, criando programas de educação virtual em escolas e outros centros de aprendizagem, aplicando leis mais incisivas acerca dos crimes realizados na internet e por fim ajudando a promover ambientes mais seguros para a manifestação da pluralidade da sociedade brasileira.