Chimamanda Adichie afirma que a mudança do “status quo” - o estado das coisas - é sempre penosa. Nessa perspectiva, percebe-se tal dificuldade de mudança ao estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, presente em grande parte do país de forma massiva. E Nesse sentido, observa-se um delicado problema, que tem como causas a falta de argumentação necessária sobre o assunto e a ausência de representatividade sobre a problemática nas mídias.

Nesse contexto, em primeiro plano, é preciso atentar para a negligência governamental presente na questão. Para Thomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar dos cidadãos. Porém, tal responsabilidade não está sendo honrada quanto aos transtornos mentais, visto que mesmo se tratando de algo com suma importância, não é valorizado de forma efetiva como deveria. Assim, para que tal bem-estar seja usufruído, o Estado precisa sair da inércia em que se encontra.

Além disso, é coerente apontar que o silenciamento impacta a questão. Djamilla Ribeiro explica que é preciso tirar da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Porém, há um silenciamento instaurado no tratamento de doenças mentais, dado que a questão muitas vezes é taxada como uma frescura. Assim, urge tirar essa situação da invisibilidade para atuar sobre ela como defende a pensadora.

Portanto, faz-se necessário uma intervenção. Para isso, a mídia de massa deve criar uma série sobre as doenças mentais, por meio de entrevistas com profissionais da área, a fim de reverter a má influência midiática que impera. Tal ação pode, ainda, ser divulgada por influenciadores digitais para que chegue a mais pessoas. Paralelamente, é preciso intervir sobre a ausência de argumentos sobre os transtornos da mente.