[Schoginer]

No filme "Todos nós, cinco milhões", é retratado a vida de vinte e duas mulheres que exercem tanto o papel de mãe como o de um pai, devido ao abandono paterno. Fora da ficção, a realidade apresentada não é diferente, visto que, ainda é discutido hodiernamente a importância do abandono paternal. Essa problemática é causada devido sobretudo, ao pai não querer ficar preso a uma família e a contextos históricos. Logo, são necessárias medidas governamentais no combate a esse mal do século XXI.

Com efeito, na sociedade contemporânea, muitos futuros pais abandonam sua parceira quando descobrem a gravidez, pois não querem formar uma família. Em relação a isso, segundo o escritor russo Leon Tolstoi "A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família". Em outras palavras, a criança que nasce sem receber o afeto de uma mãe e um pai, não teria uma felicidade verdadeira, pois é imprescindível a figura dos pais para gerar essa felicidade. Portanto, deve-se informar a população sobre os males da falta de uma família estruturada.

Ademais, a questão da falta de uma figura paterna pode ser vista através da História. No Primeiro Reinado brasileiro, por exemplo, era cultuado uma sociedade patriarcal em que, muitas vezes a mulher era a que deveria fazer os trabalhos domésticos e o pai deveria ser quem trabalhava para sustentar a família sem ter um grande contato com o filho. Hodiernamente, de certo modo, esse viés ainda persiste na sociedade quando, em 2016, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a mulher trabalha em afazeres domésticos com cerca de 73% a mais de horas que o homem. Em consequência disso, o filho tem apenas a mãe como uma figura central. Portanto, o governo deve dar mais atenção a essa situação preocupante.

Destarte, o abandono paternal é um problema grave e precisa ser discutido na sociedade. Para isso, o Governo -Órgão responsável por garantir o bem-estar social- deve alertar as famílias sobre os problemas da falta de uma figura paterna, por meio de propagandas veiculadas na televisão e nas redes sociais, com a participação de psicólogos e psiquiatras, com o fito de incentivar o pai a cuidar do filho. Além disso, o Ministério da Educação deve promover reuniões entre os pais para explicar como é importante ter a figura de um homem ajudando em casa. Desse modo, com essas medidas, os dados do IBGE serão diminuídos e o abandono paternal deixará de ser um mal para o século XXI.