[Gael2202]

No século XVIII foram desenvolvidas as primeiras vacinas, durante uma epidemia de varíola na Europa. Apesar de ter sido um método anti-higiênico, já que utilizava secreções bovinas diretamente em feridas humanas, foi de extrema importância na medicina para erradicação de outras doenças. Infelizmente, ainda há diversas enfermidades sem cura, dentre elas, as causadas pelo vírus HIV tem sido responsável pela disseminação de estigmas na sociedade brasileira por diversos tabus.

Vale ressaltar, que a desinformação tem sido o principal meio de perpetuação de preconceitos ligados ao HIV. Análoga série 'Sex Education', uma produção norte-americana cujo enredo se baseia na conscientização de jovens acerca de temas como sexualidade, gênero, assédio e ISTs, a sociedade brasileira apresenta certo atraso nesse quesito. Comparando-a com a série americana, a educação brasileira é atrasada por tabus envolvendo esses temas, visto que muitos jovens não tem acesso a informação necessária a própria saúde. Por isso, é de suma importância rever como tratamos essas questões, ainda mais ligadas ao vírus HIV que faz milhares de vítimas ao ano, devido a baixa procura por tratamento.

Outro fator que corrobora para o aumento dos estigmas associados ao HIV é a homofobia. Segundo a OMS, na década de 70, mais de 80% da população gay estava contaminada com o vírus. Isso propiciava o aumento do preconceito de ambas as temáticas, mesmo que, posteriormente, ser comprovado que a sexualidade não está ligado aos fatores de contaminação. Mas voltando ao tema principal, logicamente um país envolto em tabus como o Brasil iria conviver com a estigmatização do vírus HIV até a atualidade. Por consequência, muitos portadores são excluídos da sociedade, reforçando a importância da conscientização sobre esses preconceitos ligados ao HIV.

Como exposto anteriormente, a falta de informações ligadas ao HIV tem sido responsável pela manutenção de inúmeras marcas históricas. Visto isso, cabe ao governo federal, por meio do ministério da educação, implementar aulas de educação sexual na grade comum curricular. Dessa forma, a população pode aprender a conviver e se proteger do vírus HIV desde a juventude. Com essa medida, a sociedade brasileira estará vacinada dos estigmas, em analogia ao processo histórico do século XVIII.

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