[Adrianass]

Na obra "Utopia", do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que a democratização do acesso ao cinema no Brasil apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Logo, convém analisar de que maneira a desigualdade social e a falta de recursos tonificam esse impasse.
É preciso, diante desse cenário, pontuar o desequilíbrio coletivo como peça-chave do revés. Nesse sentido, um dos motivos dessa problemática é o mero preconceito contra a classe social baixa, tendo como consequência a inviabilidade cinematográfica. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a acessibilidade a cinegrafia, o que infelizmente é evidente no país. Logo, enquanto esse cenário se mantiver corrente, difícil será a resolução do problema.
Outrossim, a escassez de meios é um fator coadjuvante na questão. Segundo a Ancine, a inserção na cinematografia aumentou 42,99% entre os brasiliense, nos posteriores cinco anos. Diante de tal exposto a falta de recursos dispôs como êxito a ausência de pessoas com baixa renda no cinema Brasileiro. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, promova o acesso da sociedade ao conhecimento cinematográfico e tecnológico, por intermédio de pesquisas relevantes. Afinal, todos somos iguais perante a lei, como diz a Constituição. Com intuito de não só fazer com que o cinema seja acessível a todos, como manter a igualdade diante as classes sociais. Assim, se consolidará uma sociedade mais acolhida, onde o Estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.