Segundo classificação da OMS, no ano de 2018, o vício em jogos eletrônicos passou a se enquadrar como um distúrbio mental. À vista disso, fica claro que o uso demasiado de tais recursos pode ocasionar adversidades, sejam essas relacionadas a problemas posturais ou prejuízos à capacidade de socialização.

Primeiramente, de acordo com informações repassadas por Evelyn Eisenstein, representante do grupo Brasileiro das academias de pediatria, o tempo de contato para pessoas entre 0 a 18 anos varia de nenhum contato a no máximo 3 horas de uso de telas, sendo que extrapolar esse tempo, principalmente sem ter ao menos pequenas pausas, resulta em problemas posturais que afetam a formação do corpo, originando ainda mais consequências ao indivíduo no futuro, como dores.

Ademais, como aponta o estudo feito por Luisa Brandão, doutora em psicologia, cerca de 85,5% dos estudantes disseram-se jogadores, sendo que 28% desses se encontra com sintomas de transtorno, coerentemente relacionados com um defasado monitoramento familiar e uma consciência mal-formada por parte do indivíduo, culminando consecutivamente em problemas que afetam o desenvolvimento de ações de socialização com as pessoas, bem como o humor.

Portanto, é evidente a seriedade que tal uso exagerado pode ocasionar aos indivíduos, seja em sua saúde ou no dia a dia em sociedade. Cabe aos pais e responsáveis a busca por controlar melhor o uso de tais tecnologias no cotidiano das crianças e jovens, limitando o tempo de uso e incentivando a prática de outros estilos de atividades, objetivando a construção de uma mentalidade contrária ao abuso de utilização dos “videogames” para evitar a possibilidade de prejuízos em idades mais avançadas ocasionados pelos jogos.