O filósofo Thomas More em sua obra "Utopia" apresenta uma sociedade perfeita, onde é caracterizada pela falta de mazelas sociais. Ao transpor a ficção e analisar a conjuntura brasileira percebe-se que a falta de saneamento básico compromete a harmonia coletiva. Nesse contexto, cabe examinar a negligência Estatal e o silenciamento social, que impulsionam tal problemática.

Nesse cenário, a inoperância governamental agrava tal temática. Segundo o filósofo Thomas Hobbs, "o homem é lobo do homem", sendo assim sem ações governamentais controladas pelo estado, o homem volta a ser em seu estado de natureza. Todavia no contexto hodierno a passividade do Estado distorcia a população negligenciada como o direito à saúde, uma vez que há o aumento de casos de doenças transmitidas por vias sanitárias. Desse modo, causando altos custos para a saúde no Brasil.

Ressalta-se, nesse viés, que o silenciamento social potencializa esse cenário. Para o escritor  Eduardo Galeano, a primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la. Entretanto, a sociedade não se tem debatido sobre como melhorar o saneamento de forma igualitária e justa, pois quem vive em tal situação sente excluído socialmente, por não terem voz.

Diante disso, mostra-se a urgência em propostas governamentais. Cabe ao governo — em sua função de proteção ao bem-estar da população — em parceria com os municípios, a criação de políticas que visam melhorar o escoamento de esgoto e o tratamento de água para que, em fim tenham a universalidade para o saneamento básico no Brasil como prioridade.