O conceito aristotélico de justiça considera a virtude como um pressuposto da ética, elemento indispensável para a obtenção da paz social. Entretanto, ao analisar os impecilhos para doar sangue percebe-se como esse mecanismo não é efetivado na prática, em razão não só da não divulgação de postos de doação de sangue de maneira eficiente para o doador doar, mas também do fato de que não há benefícios o suficiente para a grande atração de contribuintes. Com isso, o caos torna-se presente e, sobretudo, impede o alcance de uma harmonia conforme Aristóteles havia idealizado.

Primordialmente, é necessário destacar que não propagar de modo produtivo a localização de pontos onde há contribuição sanguínea como um fator que contribui para a manutenção da problemática, em função de que o espalhar da informação traz ciência aos doadores de onde estão os postos de doação. De acordo com o estadista alemão Johann Goethe, a maior necessidade de um Estado e a de governantes corajosos e ativos. Entretanto, ao observar os desafios que dificultam o doar de sangue na nação brasileira, nota-se como essa máxima não e concretizada, visto que o poder público, ao invés de atuar de forma efetiva para atenuar impasse, continua sendo passivo e irresponsável. Assim, torna-se imprescindivel reverter esse quadro comportamental.

Ademais, é igualmente preciso apontar que a carência de regalias para uma maior participação se indivíduos na oferta do próprio sangue como outro elemento que fomenta a persistência do obstáculo. Para entender tal apontamento, é preciso que seja entendido que quanto mais os cidadãos verem vantagens na entrega de sangue, eles assim farão em maior número. Sob esse prisma, para Gilberto Dimenstein, em seu exemplar "Cidadão de Papel", a legislação brasileira é ineficaz, já que, embora aparente ser completa na teoria, não se concretiza na prática. Nessa ótica, a escassez de politicas públicas torna-se uma prova disso, justamente por não haver ferramentas satisfatórias para combater os entraves de doar sangue no país brasileiro

Torna-se evidente, portanto, os problemas que fazem difícil a doação de sangue no Brasil, a fim de se obter o componente cruscial para a conquista da harmonia social. Para tanto, cabe ao poder público criar um projeto anunciador de privilégios e centros de doação para que voluntários doem e adquirem suas vantagens, assim tornando mais fácil a contribuição sanguínea no Brasil.