No filme "Sete Prisioneiros" retrata-se a história de um jovem que decide trabalhar em um ferro velho em busca de melhores condições de vida, porém, enganado, cai em situação de trabalho escravo. Assim como no filme, na sociedade brasileira não é diferente, isto porque muitos brasileiros se submetem a trabalhos exploratórios pela necessidade de renda. Portanto, visto que, o trabalho análogo à escravidão é uma realidade no Brasil, fatores como o desconhecimento sobre o tema e a má distribuição de renda não contribuem para a erradicação do problema.
Nessa perspectiva, ainda que seja pouco discutido, o trabalho escravo deve ser de conhecimento de todo cidadão. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte. Dessa forma, compreende-se que, o trabalho análogo à escravidão tem se tornado invisível aos olhos da população, isto porque muitos cidadãos não possuem o conhecimento que a problemática é uma realidade no Brasil, dificultando a identificação desses casos. Com isso, é de extrema relevância que o conhecimento acerca do tema seja promulgado na sociedade brasileira.
Diante desse cenário, destaca-se também a influência da má distribuição de renda no agravamento do trabalho escravo. Segundo o pensador George Orwell, todos são iguais, mas alguns são mais que os outros. Em suma, o pensamento torna-se verdadeiro devido a questão da desigualdade de renda, visto que os explorados pelo trabalho escravista são indivíduos que vivem em situação de pobreza, forçando-os a buscarem uma mísera fonte de renda nesses trabalhos. Portanto, melhorar as condições financeiras dos mais pobres pode contribuir para o extermínio do trabalho análogo à escravidão.
Desse modo, é notório que a realidade sobre o trabalho escravo deve ser divulgada para conhecimento público e que a pobreza intensifica no combate do problema. Assim, é necessário que o Ministério do Trabalho torne o assunto para conhecimento público, implantando palestras públicas e divulgando documentários através de plataformas midiáticas; e ainda, que o Estado forneça programas sociais que visem o benefício dos cidadãos mais pobres, promovendo um Brasil harmonioso longe dos problemas do trabalho análogo à escravidão.