Ao afirmar em sua célebre canção "O tempo não para", Cazuza faz, de certo modo, uma comparação entre o futuro e o passado. De certo modo, ele estava certo, pois a violência em escolas no Brasil não é um problema atual. Desse modo, na contemporaneidade, as dificuldades ainda persistem, seja pela desigualdade, já pelo descanso governamental.
Sob essa perspectiva, convém enfatizar que a desigualdade está entre as principais causas da cólera em escolas. Nessa óptica, de acordo com Chimamanda Adichie, os estereótipos limitam o pensamento humano. De maneira análoga, tais estereótipos crescem com a diferença social que gera aumento na violência em instituições brasileiras, visto que as leis que seriam usadas para amenizar tal acontecimento, não está sendo devidamente utilizado. Dessa forma, é inaceitável que, em pleno século XXI, ainda aja distinções sociais.
Ademais, o desdém do governo como mais um dos fatores que agravam o impasse. Nesse contexto, de acordo com Aldous Huxley, os fatos não deixam de existir só porque foram ignorados. Sob esse viés, a violência escolar continua sendo um problema antigo, porém sendo ignorado e, portanto, afeta tanto os alunos quanto professores e pais. Sendo assim, tal estigma precisa de solução.
Fica evidente que o descanso do país e a desigualdade são prejudiciais a violência em escolas brasileiras e que, portanto, é necessário mudanças. Por isso, a própria instituição, a exemplo de profissionais de saúde e o Estado, devem disponibilizar ajuda psicológica e melhorias no ensino, através de contratações médicas, palestras e meios tecnológicos. Nesse sentido, o intuito de tal medida é mudar as manifestações de ódio dentro e fora das escolas e, consequentemente, minimizar essa fúria nas instalações de ensino brasileiro. Feito isso, os fatos não serão ignorados e poderão deixar de existir na sociedade atual.