O lema da bandeira do Brasil "Ordem e Progresso" é, do ponto de vista positivo, o avanço do corpo social em sua totalidade. Entretanto, a presença do trabalho escravo na atual conjuntura brasileira não só é uma desordem, mas também um regresso à nação. Sendo assim, dentre os fatores que cercam esse panorama destaca-se a desinformação dos trabalhadores, juntamente a ineficácia do Estado.
Diante desse cenário, segundo Paulo Freire, educador brasileiro, a educação não muda o mundo, ela muda as pessoas que consequentemente mudam o mundo. Sob esse viés, a mediocridade educativa acerca do trabalho é responsável pela persistência do labor análogo ao escravo, visto que a falta de informações dos trabalhadores sobre os seus direitos influencia a permanência dos mesmos em atividades laborais subjugadas. Dessa forma, a desinformação do corpo cívico representa um desafio para haja uma mudança na continuidade do empecilho.
Além disso, o fato do Estado não desempenhar de maneira eficaz suas funções constitucionais para promover o bem-estar de todos, gera um quadro de inércia na resolução do problema. À vista disso, a ineficácia na aplicação das leis que asseguram o trabalhador, e a tênue penalidade àqueles responsáveis por trabalho semelhante à escravidão é, indubitavelmente, um dos pilares para a persistência deste imbróglio no atual contexto brasileiro. Logo, a falha do Estado não só prejudica uma camada já vulnerável, como também perpetua os indivíduos presentes nela a continuarem dessa forma.
Urge, portanto, a tomada de medidas para atenuar esses danos. Destarte, o Ministério do Trabalho deve desenvolver campanhas educativas e de conscientização à sociedade acerca dos direitos trabalhistas, através de palestras e cartazes em centros públicos, com o intuito de atenuar os casos de exploração laboral. Por conseguinte, só assim o Brasil poderá caminhar para "ordem e progresso" da nação.

@Anna1
@Bea15