Em "meus oito anos" de Casimiro de Abreu, poeta romântico brasileiro, destaca-se, a infância idealizada, com base em vivências saudáveis e amorosa. Contudo, na contemporaneidade, vê-se o oposto do ideal difundido pelo autor, tendo em vista a falta de reconhecimento paterno, potencializado pela desestrutura familiar e omissão governamental, acarretando problemas emocionais.
Sob esse viés, é lícito postular a desestruturação familiar como causador desse revés. Segundo a sociologia, a família atua como agente socializador primário na viva das crianças, a fim de inseri-lo no meio social a partir da influência exercida pelos pais, entretanto, a falta da estrutura familiar submete o indivíduo a influência da presença paterna em sua vida, deixando exposto a problemas emocionais ou psicológicos na sua vida adulta. Dessa forma, a ausência paterna potencializa a insegurança no decorrer da vida de seus filhos.
Ademais, a omissão governamental é potencializadora da falta de estrutura familiar. O poder público atua com passividade diante o reconhecimento parental, em vista da mínima destinação de recursos para projetos em comunidades carentes, os quais pela falta de oportunidades acabam precocemente gerando filhos, que muitas vezes não são reconhecidos pelos pais, diante da condição financeira, deixando, assim, a responsabilidade de toda uma vida com a mãe. Dessa forma, a omissão governamental contribui de forma ativa para o aumento de filhos sem reconhecimento dos pais, além de potencializar o aumento da desigualdade social.
Portanto, é de suma importância medidas para amenizar o número de filhos sem reconhecimento dos pais. Destarte, o Ministério da economia- órgão responsável por gerir a economia do país-, por meio de investimentos destinados pelo governo federal, atue no desenvolvimento de projetos sociais, a fim de destinar rendas para ajudar no desenvolvimento das famílias brasileiras.