Neste ano se completa 100 anos da Semana de Arte Moderna, marco gigantesco e revolucionário da arte no Brasil, que propôs um olhar mais nacional da arte. O evento foi protagonizado por cinco grandes artistas, mas destaca-se elas: Anita Malfatti e Tarsila do Amaral, essas duas grandes artistas revolucionaram a arte do Brasil, mas infelizmente pouco se fala nessas duas grandes artistas. Assim, mostra-se relevante pensar na valorização da arte de autoria feminina, uma vez que o machismo e a falta de auxílio financeiro, representam os maiores entraves para a valorização da arte feminina.

De início, é notório destacar que há um machismo enraizado no Brasil, segundo o sociólogo e antropólogo Gilberto Caldas, esse comportamento enraizado tem origem na própria estrutura do Brasil, no caso do Brasil, às origens, à própria cultura, o pensamento tem influência da colonização portuguesa e influência europeia e um estudo comparativo entre as religiões aponta que o homem, por uma ignorância absoluta, relega o feminino a plano inferior para exercer sobre ela um domínio. Vê-se a cultura machista na arte pela presença de um número de obras artísticas muito inferior às femininas em comparação às masculinas nos museus.

Ademais, ressalta-se a falta de auxílio financeiro do Estado e da iniciativa privada voltado aos artistas para auxiliarem nos custos e despesas. Esse contexto envolve também o machismo, pois a maior parte das verbas estatais e privadas vão principalmente aos homens, ao mesmo tempo, uma ineficiência do Estado e da iniciativa privada, principalmente por falta de projetos e planejamento, para auxiliar as artistas. Sendo assim, torna-se urgente evidenciar o abismo que se criou entre masculino e feminino na arte.

Com o objetivo de atenuar os problemas mencionados, cabe à Mídia combater a cultura machista, por meio de cenas de novelas, notícias, debates, mostrando e conscientizando a população do quanto é ruim o machismo. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação propor debates e atividades que conscientizem os alunos sobre a cultura machista. Além do mais, cabe a Secretaria de Cultura propôr por meio de decreto um projeto repassando dinheiro aos artistas do Brasil. E também cabe à Iniciativa Privada investir em artistas. A partir dessas ações, espera-se promover uma melhora no que tange à questão da valorização da arte feminina no Brasil.