Disseminada em nossa sociedade, a chamada inclusão pretende direcionar o olhar da maioria àqueles que enfrentam barreiras ainda maiores em seu dia a dia.
A atenção à mobilidade urbana é requisito sem o qual não a efetiva observância ao direito fundamental a locomoção, principalmente no caso de pessoas com deficiência.

observa-se que em grandes centros e em áreas privilegiadas, existem meios de facilitar o acesso a edifícios, por exemplo, a cadeirantes, por meio de rampas e de cegos por meio do braille. Contudo, em regiões marginalizadas, o descaso com a infraestrutura urbana é evidente, haja já vista a precariedade de calçadas e até a inexistência delas.
Ademais, a falta de empatia agrava ainda mais o celeuma, pois aqueles que não possuem as mesmas barreiras que uma PCD ignoram as dificuldades do outro pensando em si próprio, fato observado, por exemplo, em paradas de ônibus em que o cadeirante deve subir e descer pelo elevador, ocasião em não raras as reclamações pela demora efetuadas por aqueles com corpo sadio.
Por conseguinte, é evidente o atraso na mobilidade urbana daqueles que mais sofrem com as barreiras, devendo o poder público investir em infraestrutura nas áreas que faltam e promover campanhas televisionados demonstrando as barreiras que as PCDs enfrenta em seu cotidiano, alertando para a necessidade de paciência e atenção quando necessário em prol da coletividade.