Apesar de ser propagado pela indústria como um produto eficiente no combate ao tabagismo por apresentar níveis reduzidos de nicotina, o uso do vaporizador estimula a mera substituição do cigarro tradicional por sua alternativa mais atraente, em razão de uma falsa percepção de benefícios. O vape, assim, desestimula a cessação do hábito de fumar, ameaçando os esforços públicos de controle da dependência química.
Além disso, pesquisas apontam que o cigarro eletrônico provoca o desenvolvimento de doenças respiratórias e cardíacas, aumentando o risco de infarto, segundo especialistas. O debate em torno dos riscos do vaporizador ganhou destaque na mídia após a internação do cantor sertanejo Zé Neto, devido a lesão inflamatória no pulmão. Vale destacar que, recentemente, a cantora Doja Cat associou a cirurgia de suas amígdalas ao uso do equipamento. Embora o vape apresente quantidade reduzida de nicotina, contém outras substâncias tóxicas e cancerígenas, que são absorvidas em maior concentração, acarretando lesões e transtornos no organismo, especialmente nos órgãos vitais.
Chama a atenção, porém, o uso do vaporizador entre adolescentes e jovens adultos. O médico Dráuzio Varella, em reportagem do Fantástico, aponta a formação de uma legião de dependentes em nicotina no Brasil, a despeito de campanhas bem sucedidas de controle do tabagismo nas décadas passadas. De fácil aquisição, apesar da proibição da comercialização no país, o cigarro eletrônico apresenta sabores e aromas adocicados e alusivos à infância, bem como designs chamativos e atraentes, tornando-se um fenômeno em bares, baladas e escolas, trazendo um risco à saúde pública ao formar uma geração de fumantes ativos e passivos.
Dessa forma, urge uma resposta da sociedade como um todo, através de ações de fiscalização que coíbam a comercialização dos vaporizadores, campanhas informativas que se contraponham às propagandas da indústria, além da construção de redes de acompanhamento, em caráter multidisciplinar, envolvendo profissionais da saúde e educação, assim como família e comunidade, na prevenção e combate desta nova forma de tabagismo entre os jovens.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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