Nas últimas duas décadas, o Brasil passou por velozes avanços digitais. Atualmente, é possível aprender a respeito de qualquer matéria, idioma ou especializar-se em algo apenas assistindo a vídeos no Youtube. O qual nos faz questionar: estaria o ensino regular (presencial) ultrapassado?
Em teoria, o EAD é tido como bonito e moderno, portanto ao se deparar com a real situação da educação brasileira, é de se enfrentar problemas com os órgãos públicos. O território nacional abrange proporções continentais, habitam mais de 200 milhões de pessoas e grande parcela nem à educação básica tem acesso. Ou seja, quando é discutido o ensino a distância, não se pode pautar apenas os grandes centros industrializados, aos quais encontram-se mais próximos aos padrões do 1° mundo, mas também analisar por uma ótica geral e repensar os lugares onde a informática ainda nem chegou, lugares aos quais o governo trata com indiferença.
Além disso, é de suma importância rever o padrão de vida de pessoas que (mesmo em centros urbanos) vivem em zonas periféricas de extrema pobreza, sem acesso ou possibilidade de adentrar ao sistema de ensino.
Portanto, é de pensar que o ensino presencial é sim ultrapassado, se o Brasil fosse um país que não o negligenciasse. Entretanto, ao tratar a realidade brasileira, o ensino presencial é uma modalidade ainda necessária, enquanto o ensino a distância continua sendo uma proposta utópica.