No artigo sexto da Constituição Federal estão prescritos os direitos sociais pertencentes ao cidadão brasileiro. Entretanto, o trabalho, um desses direitos fundamentais presente no texto da Constituição, tem-se tornado um problema para os ex - detentos que desejam incluir-se no mercado de trabalho. Seja, pelo preconceito enraizado na sociedade para com essa parcela da sociedade, tal qual a falha do sistema carcerário no processo de reabilitação.
De acordo com uma matéria do Globo News, baseada em dados governamentais, aproximadamente 80% desse grupo não conseguem emprego. Observa-se assim, as dificuldades e limitações impostas pelo mercado de trabalho á pessoas que tem histórico presidiário. Imposições essas geradas por um preconceito enraizado na sociedade, apesar de reconhecer as qualificações técnicas os empregadores se prendem ao histórico criminal e não disponibilizam a oportunidade para o ex-transgressor. Afinal, como citou o físico alemão Albert Einsten "é mais fácil desintegrar um preconceito do que um átomo".
Em paralelo, encontra-se um sistema presidiário que falha parcialmente em reabilitar a maioria dos dententos. Haja vista que apenas uma pequena porcentagem da população dos conjuntos penais conseguem fixar-se novamente no mercado de trabalho, observa-se uma lacuna na estrutura que deveria por lei; punir, reabilitar e reinserir o detido á sociedade. Por conseguinte, configura-se um contexto dolorosamente vigente, que demanda urgentes intervenções.
Portanto, torna-se necessário que atitudes sejam tomadas para a amenização da problemática. Primeiramente, o Ministério do Trabalho juntamente com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, podem, viabilizar melhores condições de acesso a instruções técnicas e estudo para os egressos, por meio de verbas destinadas às penitenciárias e por incentivo privado. Segundo, propor projeto de lei que destine um número de vagas à ex - detentos por quantidade de funcionários de cada empresa. Por fim, realizar campanhas no comercio que apresentem os benefícios sociais em ajudar na reabilitação desse grupo. Dessa forma, pode-se começar a mudar essa realidade hoje vivida no Brasil.

É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.