A busca pela igualdade de gênero é frequente nas sociedades modernas do século XXI, a evolução social trouxe consigo o empoderamento feminino, e uma constante luta por direitos igualitários. Na obra literária “O Morro dos Ventos Uivantes” de 1847, a escritora Emily Bronte, traduz em sutis versos o feminismo já enraigado nas personagens, que viviam em um contexto patriarcal em 1801.Contudo, a arte expressa-se ainda como um espaço predominantemente masculino, que vê a classe feminina como objeto de análise ou possível motivo para a desvalorização de obras. Em um século em que a luta por igualdade se faz pilar da construção social, a exibição da classe masculina em um pedestal revela o quão distante a igualdade de gêneros se faz no meio artístico.
Segundo dados coletados por Vera Maria Porto de Toledo Piza, na Coleção de Arte da Cidade do CCSP, da qual fazem parte 2900 obras, o número de artistas mulheres que aparecem são cerca de 424, enquanto os homens somam 1038, o que demonstra como a arte feminina é desvalorizada, e constantemente esquecida. De fato, as mulheres são vistas na arte apenas quando estão expostas nuas, ou quando retratam a “grandeza” da masculinidade, segundo uma citação de Juliana Leuenroth “as mulheres são menos publicadas. Quando conseguem ser publicadas, são menos divulgadas, menos premiadas, menos reconhecidas”, reafirmando como a sociedade anseia por mais equidade, por mais mulheres valorizadas e exibidas em seu lugar de direito, para a desconstrução de uma visão destorcida sobre mulheres servirem apenas como objetos sexuais e como meras Amélias, como cita a música “Ai que Saudade da Amélia” de Ataulfo Alves .
A disparidade entre gêneros é presente no mundo artístico, e transpira à regressão social. Em Nova Iorque, no Metropolitam Museum, apenas 5% das obras são de autoria feminil na seção de arte moderna, significando a hipocrisia de se dizer que “Lugar de mulher é onde ela quiser” e simplesmente vetar o direito destas de exporem suas obras e seu senso artístico, revelando, portanto, a cruel realidade em que o másculo é valorizado e aclamado, alcançando longínquos lugares, enquanto o femíneo mantém-se abalado e escondido em um mundo da Arte dominado por homens.
Conclui-se, portanto, a carência da luta por direitos igualitários entre homens e mulheres atingir a arte mundial, deixando nos séculos passados a repressão e o machismo, fazendo-se necessário políticas de conscientização e implementação de mais mulheres no âmbito artístico, valorizando e exaltando cada detalhe e sutileza expressas pela arte feminina. Valorizar escritoras, cantoras, dançarinas, não é simplesmente exibi-las nuas e dizer frases que surtem como apoio ao feminismo, dar o devido valor a cada criação feminina deve partir de pequenos gestos, como propagar e reconhecer, e permitir que essa luta seja lutada e que ela alcance seus ideias, elevando a construção social à níveis equipolentes tanto para homens como para mulheres.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada