A sociedade brasileira, nos ultimos tempos tem discutido sobre a falta de conscientização da vacinação. Nesses debates, predomina o ponto de vista de que esse problema se mostra como omissão do Poder Público, e também devido à apatia de determinada parcela da população. Nesse sentido, vale analisar a questão no Brasil.
De antemão, percebe-se que o governo se mostra negligente ao permitir essa ausência. Isso porquê há uma deficiência no processo de conscientização, uma vez que as pessoas, por não estarem cientes da importância de serem imunizadas, estão sendo consideradas obsoletas e, por conseguinte, ficando expostas a doenças. Portanto, entende-se que o contrato social teorizado pelo filósofo Jhon Lock tem sido rompido, já que o Poder Público não tem garantido o bem-estar de todos.
Além disso, destaca-se que aceitar a desinformação é banalizar o mal. Porém, parte da sociedade tem ficado inerte diante da ausência de conscientização de modo a ampliar a circulação de doenças e aparição de variantes. Recorrendo aos estudos da filósofa Hannah Arendt para explicar esse fenômeno, pontua-se que as pessoas estão perdendo a capacidade de distinguir o certo e o errado, devido a processo de massificação cultural.
Cabe, afinal, admitir que a falta de informação sobre vacinas deve ser superada. Logo, é necessário exigir do Estado, por meio de projetos que levem agentes de saúde devidamente protegidos, às casas daqueles que tem alguma lacuna no cartão vacinal, com o fito de aumentar o número de vacinados. Ademais, é fundamental sensibilizar a sociedade via campanhas midiáticas produzidas por organizações não governamentais, sobre a importância de adotar uma postura não resignada perante a problemática, potencializando assim, o engajamento coletivo em prol da fiscalização do poder executivo estatal. Desse modo, o entrave seria solucionado.