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Por Caroline03
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A série americana “Euphoria’’, veiculada pela plataforma de streaming Netflix, retrata o cotidiano de um grupo de jovens do ensino médio que cresceram em núcleos familiares conturbados. Entre eles, destaca-se Jules, uma garota transexual que, em virtude de sua disforia de gênero, sofreu, precocemente, com crises de depressão de auto-agressão, o que a levou a ser internada em um hospital psiquiátrico contra sua vontade. Contudo, apesar de se tratar de uma narrativa ficcional, o seriado retrata uma grave realidade presente, também, no Brasil: os desafios para a proteção da comunidade LGBT. Assim, seja pela negligência estatal, seja pelos pensamentos religiosos e conservadores da sociedade brasileira, a erradicação da violência contra esse grupo é um preocupante desafio no país, o qual deve ser discutido.

A priori, é necessário destacar a forma como parte do Estado costuma lidar com a questão da proteção da comunidade LGBT no país. Sob essa lógica, Thomas Hobbes, filósofo inglês, defendia que é dever do estado proporcionar meios que auxiliem o progresso de toda a coletividade. A máxima do intelectual, todavia, destoa da realidade, prova disso é a escassez de políticas públicas satisfatórias voltadas para a aplicação do artigo 6° da Constituição Federal, que garante, entre tantos direitos, a segurança. Isso é perceptível, seja pelo irrisório número de agressões e assassinatos contra homossexuais e transexuais, seja pela negação aos direitos de pessoas trans a reivindicarem seu espaço em lugares restritos ao gênero o qual se identificam, como banheiros públicos. Assim, devido à ineficiência estatal em cumprir seu dever de proteger todos os cidadãos, a perseguição contra essa parte da população prevalece, ferindo os princípios pontuados por Hobbes.

Outrossim, é relevante ressaltar que a sociedade brasileira, desde o século XV, foi instituída sob uma perspectiva religiosa e conservadora. Nesse sentido, o cristianismo impôs um padrão de relacionamento a ser seguido, de uma forma que qualquer desvio dessa norma, como os relacionamentos homoafetivos, fosse considerado subversivo aos costumes tradicionais. Dessa forma, a imposição de um modelo comportamental cria uma bolha excludente, contribuindo, desse modo, para a manutenção da violência contra a comunidade LGBT. Por consequência, os indivíduos exteriores a essa bolha são perseguidos e têm seus direitos à liberdade de expressão tomados, uma vez que não se sentem seguros para apresentar sua real identidade, com medo de agressões físicas e verbais.

Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para garantir um espaço seguro para as pessoas pertencentes à comunidade LGBT no Brasil. Para isso, é mister que o Poder Legislativo, como esfera criadora e aplicadora de leis, crie delegacias específicas para lidar com casos de homofobia, por meio da instalação de postos policiais para o amparo as vítimas e da criação de uma linha telefônica para contato instantâneo em caso de violência, com o intuito de acolher homossexuais e transexuais em seus momentos mais vulneráveis. Além disso, é necessário que a escola aborde temas que auxiliem na desconstrução do preconceito desde a infância. Espera-se, com essas medidas, que casos como o de Jules, permaneçam na ficção, e não na realidade de nosso país.
Competência 1

Demonstrar domínio da norma da língua escrita.

Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada

Competência 2

Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada

Competência 3

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada

Competência 4

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

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Competência 5

Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

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