A priori, é necessário destacar a forma como parte do Estado costuma lidar com a questão da proteção da comunidade LGBT no país. Sob essa lógica, Thomas Hobbes, filósofo inglês, defendia que é dever do estado proporcionar meios que auxiliem o progresso de toda a coletividade. A máxima do intelectual, todavia, destoa da realidade, prova disso é a escassez de políticas públicas satisfatórias voltadas para a aplicação do artigo 6° da Constituição Federal, que garante, entre tantos direitos, a segurança. Isso é perceptível, seja pelo irrisório número de agressões e assassinatos contra homossexuais e transexuais, seja pela negação aos direitos de pessoas trans a reivindicarem seu espaço em lugares restritos ao gênero o qual se identificam, como banheiros públicos. Assim, devido à ineficiência estatal em cumprir seu dever de proteger todos os cidadãos, a perseguição contra essa parte da população prevalece, ferindo os princípios pontuados por Hobbes.
Outrossim, é relevante ressaltar que a sociedade brasileira, desde o século XV, foi instituída sob uma perspectiva religiosa e conservadora. Nesse sentido, o cristianismo impôs um padrão de relacionamento a ser seguido, de uma forma que qualquer desvio dessa norma, como os relacionamentos homoafetivos, fosse considerado subversivo aos costumes tradicionais. Dessa forma, a imposição de um modelo comportamental cria uma bolha excludente, contribuindo, desse modo, para a manutenção da violência contra a comunidade LGBT. Por consequência, os indivíduos exteriores a essa bolha são perseguidos e têm seus direitos à liberdade de expressão tomados, uma vez que não se sentem seguros para apresentar sua real identidade, com medo de agressões físicas e verbais.
Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para garantir um espaço seguro para as pessoas pertencentes à comunidade LGBT no Brasil. Para isso, é mister que o Poder Legislativo, como esfera criadora e aplicadora de leis, crie delegacias específicas para lidar com casos de homofobia, por meio da instalação de postos policiais para o amparo as vítimas e da criação de uma linha telefônica para contato instantâneo em caso de violência, com o intuito de acolher homossexuais e transexuais em seus momentos mais vulneráveis. Além disso, é necessário que a escola aborde temas que auxiliem na desconstrução do preconceito desde a infância. Espera-se, com essas medidas, que casos como o de Jules, permaneçam na ficção, e não na realidade de nosso país.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada