“A força que movimenta a enxada é a mesma que impulsiona o país”, o dito de autor desconhecido se refere ao agronegócio, atividade econômica voltada para agricultura e comércio, que está em constante crescimento. Embora seja um empreendimento altamente lucrativo, é relevante pensar que a superexploração ambiental causada por essa prática financeira, resulta em diversos impactos no meio ambiente, tal como a degradação do solo e a afetação das águas.

Inicialmente, é fundamental destacar que o desgaste da terra é causado pelo cultivo inadequado e o intenso uso de máquinas. O descuido com o solo ocasiona no esgotamento de seus nutrientes, compactação e sua erosão. Através do documentário estadunidense “A pequena grande fazenda”, pode-se perceber o quão difícil é reverter esse problema: transformar um solo pobre de nutrientes, em um ambiente funcional. Em razão deste fator, cerca de 33% da terra encontrada no planeta já é considerada infértil, conforme a ONU (Organização das Nações Unidas) afirma.

Ademais, somado a isso, tem-se como consequência a utilização abundante de água, que pode ocasionar na diminuição de seu volume ou até mesmo no esgotamento de lençóis freáticos. Ao analisar a produção de milho, nota-se um exemplo deste uso excessivo, já que são gastos 1750 litros de água por quilo do cereal. De modo quê o agronegócio respondeu por 97,4% do consumo total de água no Brasil em 2017, segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Tendo em vista os impactos ecossistêmicos do agronegócio, é imprescindível que o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se responsabilize pela regulação dos serviços vinculados ao setor. Consequentemente, este órgão deverá promover a proteção e utilização de recursos naturais de forma sustentável, por meio da coerção, resultando em multa o não cumprimento. Somente assim, o agronegócio deixará de ser uma preocupação ambiental.