Durante as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, a empresa privada de mineração e análise de dados, "Cambridge Analytica", se envolvia num escândalo de uso político de dados, fornecidos pela plataforma "Facebook", enquanto organizavam a campanha eleitoral do ex-presidente Donald Trump, o que foi relatado no documentário "Privacidade Hackeada".

O uso desses dados ajudou na criação e modelagem de alguns perfis de usuários, bombardeando-os com anúncios personalizados e persuadindo-os a acreditarem em tais notícias falsas, favorecendo o até então candidato à presidência, Donald Trump.

No Brasil, a situação não se difere, já que também temos um histórico de manipulação do comportamento do usuário, que decorre da disseminação de notícias falsas, principalmente durante períodos eleitorais e de divulgação científica.

As escassas iniciativas para combater as notícias falsas por parte das autoridades governamentais, companhias de mídias sociais e órgãos competentes; o sensacionalismo presente nos veículos jornalísticos e digitais, e principalmente, a falta de informação correta para o grande público, intensificam essa dissipação.

Devido ao crescente impacto negativo da manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na "internet", o Ministério das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovações, de forma conjunta com empresas de tecnologia, comunicação e plataformas digitais, tais como "Telegram" e "Meta", poderia investir em mecanismos virtuais de fiscalização do que é compartilhado, com o auxílio de ferramentas de reporte e denúncia, além da implementação e regulamentação de "PL's" e leis que apliquem punições à essas infrações no ambiente cibernético.