Em 2015 no programa Masterchef Júnior Brasil a participante Valentina Schulz, de 12 anos, foi vítima de assédio sexual e pedofilia, por meio das redes sociais diversos comentários esdrúxulos começaram a se propagar logo na estreia do programa, além disso, a garota teve que ser afastada do programa e passou por acompanhamentos psicológicos logo após. Analogamente, a superexposição de crianças é uma adversidade que deve ser levada a sério. Diante disso, cabe analisar dois aspectos importantes: as problemáticas de expor as crianças na internet e os impactos emocionais que isso gera na criança.
Primeiramente, as plataformas digitais estabelecem idades mínimas para os usuários, porém os pais e responsáveis burlam essa regra e criam perfis para a criança e essa atitude a coloca em grande risco. Ademais, o acesso que criança tem nas redes a torna vulnerável a sofrer assédios, "bullying", pedofilia e até golpes. Dessa forma, constata-se que é perigoso a falta de monitoração dos pais e a carência de supervisão das plataformas digitais.
Por outro lado, existem as consequências emocionais que abalam as crianças que passam por ataques e abusos na internet. Por conseguinte, as vítimas precisam de acompanhamentos psicológicos e terapias, pois são grandes os traumas causados e eles refletem no desenvolvimento da criança, suas relações e muitas vezes criam-se inseguranças e medos que podem afetá-la por toda a vida.
Depreende-se, portanto, a necessidade de diminuir a exposição das crianças na internet. Por isso, cabe ao Governo Federal criar mais delegacias de crimes digitais e o Mec. realizar palestras e ensino nas escolas de conscientização para os alunos e os pais, a fim de que possa-se ter o controle das crianças em relações aos meios digitais e também uma maior dureza nas leis que punem os usuários que cometem crimes digitais. Somente assim, pode-se obter um controle da circunstância e evitar que o ocorrido com a Valentina não se repita com outras crianças.