Com o avanço das mídias digitais e a propagação dos aplicativos de redes sociais a interação entre pessoas de todo o globo tornou-se uma atividade comum. Contudo, uma conta digital pode dar a sensação de anominato ao usuário, que tem o pensamento equivocado de poder fazer o que quiser online sem ser identificado e penalizado por isso.
Uma das ações é o cyberbullying, que consiste basicamente em tentar humilhar e rebaixar uma pessoa em virtude de parecer satisfatório para quem o pratica. Em uma rede social isso parece muito simples de se fazer, basta um aparelho celular e uma conexão à internet para praticar o ato de ódio. O problema em censurar pessoas fora do padrão estético é que estamos cometendo outro ato desumano, a segregação, onde excluímos certo grupo ou comunidade por não fazer parte de certo parâmetro determinado por outro grupo que se declara superior. A forma adequada de combater o cyberbullying não é censurando os segregados e humilhados, mas sim combater e punir os praticantes da segregação. De fato, historicamente sabemos que a segregação, o racismo e qualquer outro tipo de violência sempre fez parte da raça humana desde que o homem se tornou um ser racional; afinal o que não convém ao ser humano, ele tenta destruir ao contrário de dialogar; esse é o ponto em que colocamos a racionalidade e a moralidade humana em xeque. Dizemos “historicamente” pois na Segunda Guerra Mundial sabemos que Hitler acreditava na supremacia da raça ariana, torturando e aniquilando judeus; foi assim também quando os portugueses chegaram ao Brasil, em terras desconhecidas, escravizavam e matavam seus nativos.
Dito isso, podemos dizer que a forma mais adequada de combater ao cyberbullying é identificando, localizando e penalizando, juridicamente seus praticantes. E na realidade, isso seria o mínimo, uma vez que o Estado deveria amparar as pessoas que sofreram tal agressão, visto que o próprio Estado falhou na construção de uma sociedade igualitária.