A partir da Segunda Revolução Industrial no século XIX, concentrada na Inglaterra, o trabalho artesanal era exponencialmente substituído pelo trabalho feito pelas máquinas, garantindo maior produtividade em menor tempo. Esse modo operacional permitiu o florescimento da sociedade capitalista atual, movimentada pela falsa necessidade de bens materiais. Logo, o tempo é, figurativamente, dinheiro, contudo, não significa necessariamente que é correto.

Ademais, como teorizava o sociólogo Émile Durkheim, quando um fato social "adoece" a comunidade, esse é denominado "anomia social". No contexto da sociedade contemporânea, uma anomia social de Durkheim é o materialismo e a ganância, que distorcem o tecido das relações interdependentes do ser humano a favor de um interesse superficial: o dinheiro.

Além disso, na velocidade hoje atribuída às relações entre humano e objeto, como bem esclarecido por Bauman em seu livro "Modernidade líquida", é necessário o menor tempo possível para a produção, uma vez que o engajamento de seu produto é quase momentâneo. Essa corrente de ideias para acompanhar o consumismo exacerbado da sociedade pode agravar em problemas maiores como a regulamentação efêmera de direitos trabalhistas e acúmulo indevido de lixo.

Visto a problematização da frase "tempo é dinheiro", é importante reconhecer que numa sociedade doente pela falsa necessidade do consumismo e posse de bens materiais, tempo realmente é dinheiro. É, porém, necessário conhecer a imoralidade de ações gananciosas, uma vez que não demonstram a verdadeira humanidade de uma comunidade.

Eu sei que esse fórum é voltado para o ENEM, mas gostaria de algumas opiniões nesta redação estilo UNESP!