O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente foi criado com o intuito de promover direito e segurança ao infanto-juvenil. Diante disso, relacionando a realidade presente podemos constatar que sua atividade se encontra falha, dado que a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil é frequente. Em virtude do silenciamento e da ineficiência legislativa, emerge um grave problema que precisa ser revertido.
Primeiramente, é preciso salientar que o silenciamento é uma causa latente da mazela. Segundo Focault, na sociedade pós-moderna, muitos temas são silenciados para que estruturas de poder sejam mantidas. Sob esse viés, a falta de visibilidade e debates sobre as condições e atos que as vítimas são submetidas contribuem para que a causa continue desconhecida pela população, que negligência a questão por não ter livre acesso ao tema.
Em segundo plano, outra causa para a configuração do problema é a ineficiência legislativa. De acordo com John Loke, as leis fizeram-se para os homens e não para as leis. Em paralelo, verifica-se uma lacuna em torno das legislações que em teoria visam proteger e punir ações mediantes a exploração infantil, mas que se tornam lacunar, visto que não tem cumprido seu papel na sociedade.
Sob essa perspectiva, ao analisar os pontos apresentados urge a necessidade de uma intervenção. Para isso, o ECA junto as mídias sociais devem promover programas para que sejam reportadas denúncias e informativos sobre o assunto. Tais programas podem ser transmitidos pelas redes televisivas e contar com a presença de especialistas. Além disso, o legislativo deve rever as leis e buscar pontos que mereçam correções de modo que possam atuar corretamente e erradicar a exploração de crianças e jovens no país.