"Cidadãos de Papel",livro de Gilberto Dimenstein, demonstra a desvalorização de alguns indivíduos perante a sociedade. Nesse sentido, o conteúdo da obra está inserido na questão do desaparecimento de pessoas no Brasil, o qual torna-se um desafio com o passar dos anos, necessitando de medidas para seu combate. Nessa lógica, é notório o silenciamento e priorização dos interesses financeiros como principais causas do problema.
Primeiramente, a falta de debate é uma tangente ao tema. Djamila Ribeiro afirma que, para haver soluções, a situação precisa, antes de tudo, ser tirada da invisibilidade . Analogamente, a omissão de divulgações nas redes sociais, local de grande acesso informacional,sobre a desaparição de indivíduos,ocasionará a desinformação, promovendo o desconhecimento de muitos. Logo, urge tirar a questão da invisibilidade para que soluções sejam promovidas, como proposto pela pensadora.
Além disso, a lógica capitalista faz-se uma constante. Segundo Bauman,os valores humanos são invertidos pelos interesses financeiros. Dessa forma, muitas pessoas são sequestradas para a promoção do tráfico humano, à partir da venda de órgãos, priorizando a renda por parte dos responsáveis. Assim, é preciso inverter o pensamento de Bauman para que os valores humanos sejam priorizados.
Portanto, é necessário intervir na questão . Para isso, o Governo Federal, órgão vigente pelo bem-estar social,deve criar campanhas sobre pessoas desaparecidas, destacando o nome e a importância de localizá-las, publicando em mídias de massa. Isso deve ser feito por meio da destinação de verbas, a fim de reverter o silenciamento. Paralelamente,é preciso intervir sobre os interesses mercadologicos. Conclui-se que, haverão menos "Cidadãos de Papel", como proposto por Dimenstein e o problema será combatido.