Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, os indivíduos são iguais em dignidade e direitos. No entanto, tal premissa não é verificada na realidade brasileira, uma vez que não se aplica a marginalização de pessoas em situação de rua no Brasil, visto que, esses indivíduos não possuem os mesmos direitos e nem dignidade de indivíduos fora dessa situação. Nesse sentido, observa-se um delicado problema que tem como causas o silenciamento e a ineficiência governamental.
Dessa forma, em primeira análise, o silenciamento é um desafio presente no problema. Djamila Ribeiro explica ser preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Entretanto, há um silenciamento instaurado na marginalização desses indivíduos, visto que a população evita falar dessas pessoas e muitas vezes também as calam, por julgarem que as mesmas são incompetentes. Assim, urge tirar essa situação da invisibilidade para atuar sobre ela.
Em paralelo, a ineficiência governamental é um entrave no que tange ao problema. Para Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar dos cidadãos. No entanto, tal responsabilidade não esta sendo honrada quanto a marginalização das pessoas no Brasil em situação de rua, visto que o estado não esta proporcionando esse bem-estar citado anteriormente a esse grupo de pessoas. Assim, para que tal bem-estar seja usufruído.
Portando, é indispensável intervir sobre a questão. Para isso, o Poder Público deve criar politicas públicas, através de apoio e investimentos sobre a marginalização que esses indivíduos sofrem no Brasil, de modo a tentar reverter a ineficiência governamental que impera. Tal ação pode, ainda, ser divulgada na mídia de massa para que a população tome conhecimento sobre o assunto e possa diminuir a marginalização. Paralelamente, é preciso intervir sobre o silenciamento presente no problema. Dessa forma, será possível tornar os preceitos da declaração universal dos Direitos Humanos uma realidade mais próxima.