O filme “Linda de morrer” da Globo filmes, é retratado a história de Paula, uma cirurgiã plástica que aplica procedimentos estéticos em si mesma e morre. Nesse sentido, a narrativa revela que há algumas pessoas em busca de uma beleza padronizada, mesmo que seja prejudicial à saúde. Fora da ficção fica claro que a realidade está presente no contexto contemporâneo devido a manipulação da mídia para que as pessoas tenham o idealizado corpo perfeito e a venda de produtos que prometem tal resultado.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a mídia é a grande responsável por criar um relacionamento instável de um indivíduo com seu próprio corpo, pois há uma alta representação de mulheres esbeltas e semelhantes em novelas e filmes. No período da Guerra Fria, diversas produções cinematográficas hollywoodianas tiveram mulheres loiras e magras como protagonistas, transformando-as em um único padrão de beleza adequado, onde os homens as desejavam como suas esposas e as mulheres almejavam parecer com as mesmas. Assim, as pessoas cujo o objetivo é ser parecidas a essas figuras, mudam completamente seu visual e buscam cirurgias plásticas que podem custar a vida.
Ademais, a idealização estética está totalmente ligada ao capitalismo, quando as mulheres que buscam melhorar sua aparência gastam demasiadamente para atingir tais metas. No filme, a protagonista realiza um procedimento experimental em seu corpo. Paralelemente, no século XXI observa-se que muito dessas cirurgias são realizadas por pessoas inexperientes e com produtos inapropriados. Logo, ocorre morte de pessoas que procuraram cegamente pela perfeição.
Portanto, é preciso que o Estado juntamente ao Ministério da educação contrate profissionais qualificados para ministrar palestras aos jovens a respeito de tal questão com objetivo de orienta-los a não ser influenciados pela mídia em relação a beleza e buscar ter uma harmonia com o próprio corpo. Somente assim será possível ajudar os jovens a compreender melhor a si mesmo e não deixar que o padrão os atinjam.